CONFECÇÃO DE UM ESTABILIZADOR VERTICAL DE BAIXO CUSTO E SUA
USABILIDADE EM UMA CRIANÇA COM DISFUNÇÃO NEUROMOTORA

CONFECÇÃO DE UM ESTABILIZADOR VERTICAL DE BAIXO CUSTO E SUA
USABILIDADE EM UMA CRIANÇA COM DISFUNÇÃO NEUROMOTORA

Monografia

Introdução: A necessidade de crianças com deficiências neuromotoras
experimentarem uma variedade de posições ao longo do dia é reconhecida há muitos
anos. Nesse contexto, destaca-se a postura de pé, um marco importante para
aquisição da marcha e também relacionada a outros benefícios como prevenção de
contraturas, aumento da densidade mineral e da força muscular, melhora da função
dos membros superiores, da interação social e da função cardiorrespiratória, que por
sua vez, podem auxiliar na alimentação, funções intestinais e urinárias. No contexto
da reabilitação pediátrica, a utilização de Tecnologias Assistivas (TA) são
imprescindíveis para a aquisição e manutenção da postura ortostática frente às
diferentes condições de saúde da infância, exemplo disso, é o estabilizador vertical
ou parapodium. Porém, a obtenção desse dispositivo pode ser uma barreira, devido
ao alto custo financeiro para sua aquisição. Objetivo: Confeccionar um estabilizador
vertical infantil de baixo custo e testar sua usabilidade. Metodologia: Para esse
estudo foi selecionado um paciente da Clínica-Escola de Fisioterapia da FACSETE
com 1 ano e 5 meses de idade, com diagnóstico de Hidrocefalia, para o qual foi
confeccionado um estabilizador vertical infantil utilizando os seguintes materiais:
canos e conexões de Polyvinyl Chloride (PVC), abraçadeiras, parafusos diversos,
Medium Density Fiberboard (MDF), velcros e faixas de tecido. Posteriormente, foi
verificada a usabilidade do equipamento por meio da aplicação do questionário de
Avaliação da Satisfação do Usuário com a Tecnologia Assistiva de Quebec (QUEST
2.0) para o responsável da criança. Resultados: Para a confecção do estabilizador
vertical a equipe do projeto realizou uma capacitação que abordava a montagem do
dispositivo passo-a-passo, seguido da relação de custos dos materiais necessários e
a realização da montagem do dispositivo. Logo, foi feito a testagem do estabilizador
vertical na clínica-escola de Fisioterapia da FACSETE, onde a família foi orientada
pelos profissionais fisioterapeutas quanto a colocação e o posicionamento, o tempo
de permanência no dispositivo e sobre cuidados referentes à segurança durante a
utilização. Após o período de utilização do dispositivo em casa a responsável pela
criança respondeu o questionário QUEST 2.0, resultando em “bastante satisfeito” com
os recursos e serviços quanto ao dispositivo fornecido para a criança selecionada.
Considerações Finais: A confecção de um estabilizador vertical infantil utilizando
materiais de baixo custo é viável e sua usabilidade pela percepção da família foi
satisfatória. Com base na percepção da família foi possível realizar melhorias no
estabilizador vertical confeccionado, o que poderá favorecer as expectativas
relacionadas ao nível de satisfação e segurança do dispositivo e adesão à sua
utilização.

JACQUELINE FERREIRA GUIMARÃES

Profa. Dra. Mariana Aguiar de Matos

Sete Lagoas/MG 2022

Faculdade Facsete

Português

Graduação de Fisioterapia