IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DO PACIENTE COM DOR OROFACIAL E DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR RELATO DE CASO CLÌNICO

IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DO PACIENTE COM DOR OROFACIAL E DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR RELATO DE CASO CLÌNICO

Monografia

A abordagem interdisciplinar é de suma importância no diagnóstico e tratamento das disfunções temporomandibulares (DTM) e dores orofaciais (DOF) uma vez que a etiologia é multifatorial. A proposta de tratamento para a paciente envolve muitos profissionais e diferentes especialidades para alcançar o sucesso. Este estudo descreve o caso de uma paciente com queixa de muitas dores, travamento articular, estalidos e parafunções. Na anamnese e tomada de história ela relatava que o stress piorava as dores e que os travamentos eram frequentes. Ao exame de palpação muscular apresentava mialgia no músculo esternocleidomastoideo, trapézio e subocciptais. A dor miofascial estava presente nos masseteres direito e esquerdo que referiam para temporal e occiptal. Os músculos cervicais posteriores apresentavam dor leve. Os exames de tomografia computadorizada e ressonância associados ao exame clínico confirmaram o deslocamento de disco sem redução do lado esquerdo e deslocamento de disco com redução e travamento intermitente da articulação direita, orteoartrose leve bilateral e hiperexcursão condilar. A paciente apresentava hábitos parafuncionais como onicofagia, bruxismo em vigília, alteração postural por uso intenso de telefone e computador. Relatava cansaço diurno e dificuldade respiratória no sono. Para o tratamento das articulações foi feito protocolo de 4 infiltrações de hialuronato de sódio (uma a cada 4 semanas com pesos moleculares diferentes) nas ATMs direita e esquerda com a intenção de prevenir e amenizar a osteoartrose e restabelecer a biomecânica dessa articulação juntamente com o trabalho da fisioterapia que trabalhava as articulações. Para melhora de dor e sono foi administrada gabapentina (300mg) e cloridrato de ciclobenzaprina (5mg) e orientações de higiene do sono. No relato da paciente não havia bruxismo do sono que também não foi confirmado no exame de polissonografia. Não sendo necessário assim a confecção de dispositivo interoclusal de uso noturno. A paciente foi encaminhada para avaliação e terapia com otorrinolaringologista, médico do sono e fisioterapeuta. Ao final de 9 meses ela estava sem dor e restabelecida as funções da ATM e musculatura onde se começou a diminuir a dosagem das medicações e reavaliações até a alta da paciente sem queixa e comprometimento funcional.

MIQUELINA BARBOSA FERREIRA ; MARISTANE APARECIDA NEIVA

Dr. Luciano Ambrosio Ferreira

BELO HORIZONTE
2017

Faculdade Facsete

Português

D.T.M.