Title
IMPACTO DO ISOLAMENTO SOCIAL DURANTE A PANDEMIA DA
COVID - 19 NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DE PACIENTES ATENDIDOS NA
CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE SETE LAGOAS
COVID - 19 NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DE PACIENTES ATENDIDOS NA
CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE SETE LAGOAS
Subject
Monografia
Description
Introdução: Após a instalação da pandemia da COVID-19, além dos impactos
relacionados à saúde e economia, alterações no cotidiano dos indivíduos foram
necessárias, como o isolamento social, para minimizar a propagação do vírus. As
evidências disponíveis sobre o impacto dessas alterações na saúde física e mental
são restritas. Objetivo: Investigar e descrever o impacto do período de isolamento
social em pacientes atendidos na Clínica escola de Fisioterapia da Faculdade Sete
Lagoas – FACSETE. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo,
documental e de caráter transversal, no qual foram analisados 25 prontuários
contendo informações sobre a saúde física e mental em dois períodos distintos:
antes e depois de 6 meses de isolamento social. Foram utilizados como
instrumentos de medida os questionários Duke Activity Status Index (DASI) e Patient
Health Questionnaire-2/ Patient Health Questionnaire-9, além do auto-relato dos
pacientes levando em conta a classificação do nível de exercício físico de acordo
com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Foi utilizada amostragem
por conveniência sendo os participantes com idade ≥18 anos, de ambos os sexos,
atendidos nas áreas de Neurologia, Geriatria e Ortopedia. Resultados: 64% dos
participantes relataram impacto negativo do período de isolamento social na saúde
física e/ou mental. Houve maior risco de apresentação de episódios depressivos
antes do período de isolamento social nas mulheres comparadas aos homens de
acordo com o questionário PHQ, não havendo mudanças estatisticamente
significantes em ambos os grupos após o isolamento social. Entretanto, foi
observada mudança clinicamente relevante em 4 participantes havendo redução do
risco em 3. Além disso, a probabilidade de leve risco para desenvolvimento de
quadros depressivos era nula antes da medida sanitária e subiu para 12% após
instalação da mesma. Não foi identificada mudança nos escores do DASI na
amostra avaliada, assim como ao se analisar separadamente os participantes de
acordo com sexo e idade. 76% da amostra total relatou praticar alguma
atividade/exercício físico após a medida sanitária. Conclusão: Embora tenha sido
reportado que a maior parte dos pacientes relatou que o isolamento social impactou
negativamente a saúde física e/ou mental, o período vivenciado não representou
para a maioria da amostra desta pesquisa uma barreira para a prática de atividades
e exercícios físicos ou modificou o risco de surgimento de episódios depressivos.
Para a amostra analisada, o isolamento social de forma isolada não parece
diretamente ser um fator de risco para alterações físicas e mentais, mas associado à
fatores do contexto social/pessoal pode interferir nesses desfechos. O conhecimento
do impacto do isolamento social na saúde física e mental dos indivíduos analisados
pode auxiliar no planejamento de intervenções direcionadas às especificidades
desses pacientes, o que pode favorecer o processo de reabilitação.
relacionados à saúde e economia, alterações no cotidiano dos indivíduos foram
necessárias, como o isolamento social, para minimizar a propagação do vírus. As
evidências disponíveis sobre o impacto dessas alterações na saúde física e mental
são restritas. Objetivo: Investigar e descrever o impacto do período de isolamento
social em pacientes atendidos na Clínica escola de Fisioterapia da Faculdade Sete
Lagoas – FACSETE. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo,
documental e de caráter transversal, no qual foram analisados 25 prontuários
contendo informações sobre a saúde física e mental em dois períodos distintos:
antes e depois de 6 meses de isolamento social. Foram utilizados como
instrumentos de medida os questionários Duke Activity Status Index (DASI) e Patient
Health Questionnaire-2/ Patient Health Questionnaire-9, além do auto-relato dos
pacientes levando em conta a classificação do nível de exercício físico de acordo
com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Foi utilizada amostragem
por conveniência sendo os participantes com idade ≥18 anos, de ambos os sexos,
atendidos nas áreas de Neurologia, Geriatria e Ortopedia. Resultados: 64% dos
participantes relataram impacto negativo do período de isolamento social na saúde
física e/ou mental. Houve maior risco de apresentação de episódios depressivos
antes do período de isolamento social nas mulheres comparadas aos homens de
acordo com o questionário PHQ, não havendo mudanças estatisticamente
significantes em ambos os grupos após o isolamento social. Entretanto, foi
observada mudança clinicamente relevante em 4 participantes havendo redução do
risco em 3. Além disso, a probabilidade de leve risco para desenvolvimento de
quadros depressivos era nula antes da medida sanitária e subiu para 12% após
instalação da mesma. Não foi identificada mudança nos escores do DASI na
amostra avaliada, assim como ao se analisar separadamente os participantes de
acordo com sexo e idade. 76% da amostra total relatou praticar alguma
atividade/exercício físico após a medida sanitária. Conclusão: Embora tenha sido
reportado que a maior parte dos pacientes relatou que o isolamento social impactou
negativamente a saúde física e/ou mental, o período vivenciado não representou
para a maioria da amostra desta pesquisa uma barreira para a prática de atividades
e exercícios físicos ou modificou o risco de surgimento de episódios depressivos.
Para a amostra analisada, o isolamento social de forma isolada não parece
diretamente ser um fator de risco para alterações físicas e mentais, mas associado à
fatores do contexto social/pessoal pode interferir nesses desfechos. O conhecimento
do impacto do isolamento social na saúde física e mental dos indivíduos analisados
pode auxiliar no planejamento de intervenções direcionadas às especificidades
desses pacientes, o que pode favorecer o processo de reabilitação.
Creator
JÚNIA ISABELLE SILVA
LAIS SANTOS DE OLIVEIRA
LAIS SANTOS DE OLIVEIRA
Publisher
Profa. Dra. Mariana Aguiar de Matos
Date
Sete Lagoas/MG
2021
2021
Contributor
Faculdade Facsete
Language
Português
Identifier
Graduação em Fisioterapia