CARACTERIZAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS COM PARALISIA CEREBRAL
ATENDIDOS NA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA FACSETE

CARACTERIZAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS COM PARALISIA CEREBRAL
ATENDIDOS NA CLÍNICA-ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA FACSETE

Monografia

Introdução: A Paralisia Cerebral (PC) resulta em limitações na aquisição e/ou
desempenho de habilidades motoras e realização das atividades do dia a dia, assim
como restrição na interação social e participação em diferentes contextos sociais e
redução da qualidade de vida. Além de problemas musculoesqueléticos e
fisiológicos, condições associadas à PC como epilepsia, deficiência visual,
problemas respiratórios, salivação e deglutição descoordenadas podem afetar a
qualidade do sono. Objetivo: Realizar um levantamento de dados relacionados à
funcionalidade, sono e qualidade de vida de crianças e jovens com diagnóstico de
PC atendidos na clínica-escola de Fisioterapia da Faculdade de Sete Lagoas
(FACSETE). Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo,
documental e de carácter transversal, no qual foram analisados prontuários de
crianças e jovens com diagnóstico de Paralisia Cerebral (PC), com idade entre 3 a
18 anos, de ambos os sexos, para levantamento de dados sobre distúrbio do sono,
qualidade de vida, habilidade manual, função motora grossa e dados pessoais.
Resultados: Evidenciou-se que 81,82% dos participantes apresentaram distúrbio de
sono (SDCS) com pontuação superior a 39 pontos. Identificou-se que 100% dos
participantes apresentaram baixa qualidade de vida (PedsQL), entretanto, o domínio
capacidade física obteve a menor pontuação, seguido por atividade escolar. A
classificação de funcionalidade, 63,64% dos pacientes, foram classificados no nível
V da GMFCS e para a classificação de habilidades manuais, houve maior
prevalência do nível IV 40% na MACS. Dentre as órteses utilizadas, estão a AFO,
72,72%, órtese punho e dedos 9,09% e polaina 36,36%. Além disso, 9,09% fazem
uso de andador e 9,09% utilizam o parapodium. Observou-se que 63,64% dos
participantes nasceram 37 semanas, com predominância de 54,55% de parto
≥
normal e 63,64% nasceram com peso 2,500Kg. Além disso, a descoberta do
≥
diagnóstico, 18,18% dos participantes foram durante o período gestacional, ao
decorrer do primeiro ano de vida, 54,55% e após o primeiro ano de vida, 27,27%.
Identificou-se que todos os participantes tinham acesso ao lazer e Sistema de
Saúde, sendo que 36,36% utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS),27,27% fazem
o uso de plano de saúde particular e 36,36% têm acesso a ambos. Dos 11
participantes, 81,82% fazem uso de medicamentos e realizam Fisioterapia em outro
serviço de saúde. Referente a utilização de meios de transportes, 45,45% utilizam o
meio particular, 27,27% serviço de transporte via aplicativo, 18,18% transporte
particular e público e 9,09% fazem uso de aplicativo, particular e público. Quanto às
barreiras arquitetônicas 63,67% relatou a falta de acessibilidade de rampas nas
ruas. Conclusão: A maioria dos participantes eram do sexo feminino, foram
classificados no nível V da GMFCS e IV da MACS e todos apresentaram distúrbio do
sono e baixa qualidade de vida, além disso, os participantes nasceram a termo com
peso corporal adequado, receberam o diagnóstico nos primeiros anos de vida, e
realizam tratamento de Fisioterapia em outras instituições..

Rafaela Barboza Batista Cavalcante
Sebastiana de Fátima Reis

Profa. Dr. Mariana Aguiar de Matos

Sete Lagoas 2022

Faculdade Facsete

Português

Bacharel em Fisioterapia