Title
ANÁLISE DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS E
BIOLÓGICAS DO MTA CONVENCIONAL, MTA REPAIR
HP E BIODENTINE PARA APLICABILIDADE CLÍNICA:
UMA REVISĀO DE LITERATURA
Subject
Monografia
Description
Durante o tratamento endodôntico acidentes e complicações podem
ocorrer e dificultar a conclusão do tratamento e/ou causar dúvidas quanto ao
sucesso dele. A perfuração por exemplo, pode acontecer por fatores
iatrogênicos ou pela extensa deterioração da estrutura dentária pela lesão de
cárie. Uma vez que a perfuração está estabelecida, precisamos selar esta
região para que não ocorra uma comunicação patológica do interior do canal
ou câmara pulpar com o periodonto. Ainda podemos nos deparar com outra
complicação que a lesão de cárie pode trazer, como a interrupção do
desenvolvimento radicular de um dente com ápice imaturo, pelo dano causado
à polpa levando a sua necrose. Uma ampla gama de materiais tem sido usada
para selar estas perfurações ou para obturar um canal de forma retrógrada,
como amálgama, IRM e compósitos. Estes materiais ficam em contato direto
com os tecidos perirradiculares, portanto devem apresentar uma ótima
capacidade de selamento, possuir ação antibacteriana, boa radiopacidade para
distinguirmos dos tecidos adjacentes, fácil manuseio, boa resistência a
compressão, adesão as paredes radiculares e biocompatibilidade. Os cimentos
biocerâmicos foram inseridos na prática endodôntica por serem bioativos e
possuírem ótima biocompatibilidade. O MTA foi introduzido em meados dos
anos 90 por Parirokh e Torabinejad, sendo considerado um material padrão
ouro para vários procedimentos clínicos, possuindo uma ótima capacidade de
selamento e induçāo de formação de tecido duro com o intuito de substituir o
uso do amálgama e IRM em obturações radiculares retrógradas. No entanto,
sua versão convencional (cinza) tem como características o manuseio difícil,
descoloração da dentina e o longo tempo de presa - pontos a serem
melhorados. Para isso novas formulações do MTA e outros cimentos foram
introduzidos no mercado. O MTA Repair HP (Angelus, Londrina, Brasil) é um cimento desenvolvido visando melhor desempenho em relação ao MTA
convencional, por modificaçāo do radiopacificador e adição de um agente
plastificante em seu líquido para mistura, melhorando, portanto, a manipulação,
adaptação marginal as paredes do canal radicular e a solubilidade. Outro
cimento introduzido para melhorar as características do MTA convencional foi o
Biodentine (Septodont, Saint-Maur-des-Faussés, França) anunciado como
“substituto de dentina”, que também apresenta alteração em seu
radiopacificador e a presença de um agente redutor de água junto ao cloreto de
cálcio que diminui o seu tempo de presa. Portanto, conhecer as características
e biologia desses materiais são requisitos para a escolha do cimento que vai
possuir o melhor desempenho para o tratamento radicular. O objetivo desse
trabalho foi através de uma revisão de literatura, analisar as propriedades
físico-químicas e biológicas do Agregado Trióxido Mineral (MTA) e Biodentine
para aplicabilidade clínica destes materiais.
ocorrer e dificultar a conclusão do tratamento e/ou causar dúvidas quanto ao
sucesso dele. A perfuração por exemplo, pode acontecer por fatores
iatrogênicos ou pela extensa deterioração da estrutura dentária pela lesão de
cárie. Uma vez que a perfuração está estabelecida, precisamos selar esta
região para que não ocorra uma comunicação patológica do interior do canal
ou câmara pulpar com o periodonto. Ainda podemos nos deparar com outra
complicação que a lesão de cárie pode trazer, como a interrupção do
desenvolvimento radicular de um dente com ápice imaturo, pelo dano causado
à polpa levando a sua necrose. Uma ampla gama de materiais tem sido usada
para selar estas perfurações ou para obturar um canal de forma retrógrada,
como amálgama, IRM e compósitos. Estes materiais ficam em contato direto
com os tecidos perirradiculares, portanto devem apresentar uma ótima
capacidade de selamento, possuir ação antibacteriana, boa radiopacidade para
distinguirmos dos tecidos adjacentes, fácil manuseio, boa resistência a
compressão, adesão as paredes radiculares e biocompatibilidade. Os cimentos
biocerâmicos foram inseridos na prática endodôntica por serem bioativos e
possuírem ótima biocompatibilidade. O MTA foi introduzido em meados dos
anos 90 por Parirokh e Torabinejad, sendo considerado um material padrão
ouro para vários procedimentos clínicos, possuindo uma ótima capacidade de
selamento e induçāo de formação de tecido duro com o intuito de substituir o
uso do amálgama e IRM em obturações radiculares retrógradas. No entanto,
sua versão convencional (cinza) tem como características o manuseio difícil,
descoloração da dentina e o longo tempo de presa - pontos a serem
melhorados. Para isso novas formulações do MTA e outros cimentos foram
introduzidos no mercado. O MTA Repair HP (Angelus, Londrina, Brasil) é um cimento desenvolvido visando melhor desempenho em relação ao MTA
convencional, por modificaçāo do radiopacificador e adição de um agente
plastificante em seu líquido para mistura, melhorando, portanto, a manipulação,
adaptação marginal as paredes do canal radicular e a solubilidade. Outro
cimento introduzido para melhorar as características do MTA convencional foi o
Biodentine (Septodont, Saint-Maur-des-Faussés, França) anunciado como
“substituto de dentina”, que também apresenta alteração em seu
radiopacificador e a presença de um agente redutor de água junto ao cloreto de
cálcio que diminui o seu tempo de presa. Portanto, conhecer as características
e biologia desses materiais são requisitos para a escolha do cimento que vai
possuir o melhor desempenho para o tratamento radicular. O objetivo desse
trabalho foi através de uma revisão de literatura, analisar as propriedades
físico-químicas e biológicas do Agregado Trióxido Mineral (MTA) e Biodentine
para aplicabilidade clínica destes materiais.
Creator
Marlon da Silva
Publisher
Prof. Dr. Lorena Leite
Date
São Caetano do Sul 2022
Contributor
Faculdade Facsete
Language
Português
Identifier
Endodontia