OZONIOTERAPIA - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

OZONIOTERAPIA - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Monografia

Conhecido como ozônio, o composto químico constituído por três átomos de oxigênio (O3) é uma forma altamente energética do oxigênio atmosférico padrão (O2). Este composto, sob condições padrão, se apresenta como um gás incolor dotado de um odor característico, facilmente detectável após tempestades, em altas altitudes ou próximo a corpos de água salgada. Derivado do grego ozein, que significa "o que emite cheiro", o ozônio foi descoberto no ano de 1840 pelo renomado químico alemão Friedrich Christian Schönbein (1799-1868). A administração terapêutica de ozônio, também conhecida como ozonioterapia, pode ser efetuada por meio de diversos métodos como subcutâneo (SC), intramuscular (IM), intradiscal, intracavitário (nos espaços peritonial e pleural), intravaginal, intrauretral, vesical e auto-hemoterapia ozonizada. Esta forma de terapia tem sido objeto de intensa investigação científica, visando o auxílio em tratamentos de afecções variadas, tais como feridas extensas, infecções fúngicas, bacterianas e virais, lesões isquêmicas, dentre outras. Comprovadamente eficaz em grande parte dos casos, sobretudo na desinfecção e cicatrização de feridas extensas, a ozonioterapia tem se destacado como um recurso terapêutico relevante. Dependendo de sua aplicação, a concentração do ozônio pode oscilar entre 1 e 100 µg/ml (0,05 a 5% de ozônio). Notável por suas propriedades bactericidas, fungicidas e antivirais (é virustático), o ozônio medicinal tem sido empregado largamente para desinfectar feridas infectadas, bem como no tratamento de enfermidades bacterianas e virais. Sua habilidade em estimular a circulação é utilizada no tratamento de distúrbios circulatórios e na revitalização de funções orgânicas em geral. Em baixas concentrações, o ozônio pode agir na ativação do sistema imunológico do organismo. Uma resposta a essa ativação via ozônio leva as células imunes do corpo a produzir mensageiros especiais denominados citocinas (mediadores importantes como interferon e interleucinas), que por sua vez informam outras células imunes, deflagrando uma série de alterações benéficas no sistema imunológico, o tornando mais eficiente na resistência a enfermidades. Portanto, a aplicação do ozônio medicinal tem grande relevância na ativação imunológica de pacientes com baixo status imune e/ou imunodeficientes.

VIVIAN PINTI LEÃO MACHADO

Me CRISTINA SIQUIEROLI ABRÃO

UBERLÂNDIA-MG 2023

Faculdade Facsete

Português

Harmonização Orofacial