O USO DE PLACAS ESTABILIZADORAS NA ODONTOLOGIA, SEU PASSADO, PRESENTE E FUTURO – REVISÃO DE LITERATURA

O USO DE PLACAS ESTABILIZADORAS NA ODONTOLOGIA, SEU PASSADO, PRESENTE E FUTURO – REVISÃO DE LITERATURA

Monografia

Desordens Temporomandibulares ou DTMs foram descritos pela primeira vez em 1934 por James Costen, um otorrinolaringologista, que descreveu a dor das articulações temporomandibulares. Em 1982, Bell WE, sugeriu o termo Desordens Temporomandibulares para os distúrbios do sistema mastigatório, e já em 1985, a American Dental Association, adotou o termo Desordens Temporomandibulares (DTMs) abrangendo todos os distúrbios funcionais do sistema mastigatório. Os distúrbios do Sistema Mastigatório compreendem desordens dos músculos mastigatórios, incompatibilidade estrutural das superfícies articulares, desordens do complexo côndilo-disco, e desordens inflamatórias da ATM. A placa oclusal é um dispositivo removível, freqüentemente construído de resina acrílica rígida, que se ajusta sobre a superfície oclusal e incisal dos dentes no arco dental, buscando contatos oclusais estáveis com os dentes do arco oposto. É também comumente citado como protetor oclusal, protetor noturno, aparelho interoclusal e dispositivo ortopédico, ou, ainda, uma outra grande variedade de termos. As etiologias mais significativas para esses distúrbios são: trauma, oclusão inadequada, hábitos parafuncionais, abertura excessiva da boca, doenças sistêmicas, postura inadequada, apertamento dos dentes, fatores emocionais como ansiedade e estresse. Por esse motivo o estudo das placas oclusais e seu completo entedimento se faz tão necessário, e a atualização sobre as novas tecnologias aplicadas na sua confecção motivam esse estudo, para que sua aplicação seja correta e precisa no auxílio para tratamento de DTMs. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a história das placas oclusais, seu uso e a tecnologia empregada nos dias atuais para a confecção e precisão destes aparatos odontológicos. Com base na revisão e discussão da literatura foi possível concluir que a utilização de placa oclusal é uma forma eficaz conservadora de tratamento dos sinais e sintomas das desordens temporomandibulares. Conclui-se que esse tipo de tratamento visa a redução da atividade muscular, proteção ao desgaste dental oferecendo uma condição oclusal mais adequada. O cirurgião-dentista deve estar atento a um diagnóstico correto, a fim de garantir o tratamento adequado para o paciente. Não existe um método de tratamento conhecido para eliminar permanentemente o problema, as placas apenas protegem contra efeitos danosos provenientes das DTMs, não promovendo a cura do paciente, mas somente um alivio temporário da sintomatologia.

MATEUS BATISTA MENDES PEREIRA

Prof. Dr. Isabela Hubner

BELO HORIZONTE
2023

Faculdade Facsete

Português

DTM